sábado, 5 de setembro de 2009

A referência, a mentalidade, o apelo e a ameaça...

“formiga no carreiro [tem andado] em sentido contrário”. A imagem faz todo o sentido para definir a política local que tem vindo a ser praticada na nossa comunidade. Contudo, apesar das muitas esperanças perdidas e de uma acção política inconsequente, é tempo de alicerçar uma política no bem comum, na história local e no desenvolvimento da comunidade bustuense.

É tempo de dizer não ao carreirismo dos usuais políticos locais, sempre tão inclinados para fazer o mesmo, mudar para o igual e continuar o habitual (pouco ou nada), desculpando-se que a falta de dinheiro nada permitir fazer. As nossas pessoas têm o Reizinho na Barriga, e pensam ser sempre os melhores e estar junto dos melhores e são todos os melhores, mas no final mudam as caras mudam os reizinhos, mudam as moscas, mas só o que devia mudar é que não muda...

Somos o que se vê e constatamos que só mudamos quando se deixar de olhar para as glórias do passado com saudosismos e nos congregarmos para construir um futuro sustentado no trabalho colectivo, na vontade de agir para mudar. Urge fazer, não pensar fazer. Sermos formigas a trabalhar para uma cultura política com vontade de dizer e fazer Bustos do futuro e com futuro para todos.
Bustos carece tanto de infra-estruturas como de mudança de mentalidade. Não temais a mudança e a união ainda faz a força... Não só de ideias vive o homem. Ter ideias não basta. É imperioso sentarmo-nos à mesma mesa, ter ideais compartilhados, menos alimentados pelos ideários dos partidos do que pela sinergia dos nossos esforços conjugados em prol de Bustos.

Bustos em 1.º é mais do que um slogan. É o símbolo da nossa determinação de construir uma mudança significativa e com significado, visto representarmos uma cultura política cimentada na realidade, destituída de utopias.

E se nada fizermos para mudar seremos uma colectividade de “velhos do Restelo” com pouco mais que umas memórias penduradas em estruturas gastas pelo acção do tempo, incúria pelo bem público, falta de carinho, desprezo pelo mudança e menosprezo pela cultura. O passado remoto dos homens que construíram e modelaram Bustos é exemplo a seguir. As formigas que do passado recente devem continuar no caminho dos que querem construir um Bustos de referência.
Nós não olhamos a meios para conseguir os fins. Somos um meio, isso sim, para restituir a Bustos a vitalidade perdida, instaurar o orgulho na comunidade que somos.

João Pedreiras