“Os gregos antigos ( tipos sagazes e destemidos (…) chamavam idiotés ao indivíduo que não se metia em política; a palavra significava pessoa isolada, sem nada para oferecer aos restantes, obcecada pelas pequenas coisas de ordem doméstica e, afinal de contas, manipulada por toda a gente. ”
Fernando Savater, Política para um Jovem, Lisboa Presença, 1993
Fernando Savater, Política para um Jovem, Lisboa Presença, 1993
Não é preciso explicar o que hoje significa a palavra idiota. Não sejas, pois, idiota! A política implica um acordo com os demais. Implica estabelecer a mudança - alimentada pelo sonho e a dedicação – para criar sinergias capazes de fazer a diferença.
Primeiro, é o olhar de desconfiança. A raiz da política local está estruturada no hábito e na mesma idade. A mentalidade dos “velhos do Restelo” impera e ameaça amuralhar a mudança que representamos. A mudança incomoda e a juventude também.
É tempo de olhar analiticamente a freguesia que fomos (determinada, corajosa, alimentada por ideais), a freguesia que somos (anquilosada no tempo, sem ideias ou ideais) e a freguesia que podemos ser e construir.
Em política, como sagazmente escreveu Albert Camus, “ são os meios que devem justificar os fins”, não como tem sido apanágio, os meios que têm vindo a ser usados pela política local, justificam que escolham a mudança. A juventude tem como horizonte a obra factível, a cultura e o bem-estar social.
Maria Pacóvia
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